Em todas as direções que olhamos, modelos de negócios estão sendo transformados pela tecnologia. As fintechs são os modelos digitais do segmento bancário, as construtechs possibilitaram a inovação no segmento imobiliário, as agrotechs oferecem soluções digitais para o agronegócio e as HR Techs ofertam modelos tecnológicos para lidar com a gestão de pessoas e por aí vai. Mesmo empresas tradicionais já aterrissaram no mundo tech com a aquisição ou incubação de startups.
Como o The Wall Street Journal disse recentemente, “toda empresa é agora uma empresa de tecnologia”. Isso significa que toda organização precisa aprender a lidar com profissionais dessa área. Algo que não é tão fácil quanto parece, pois assim nasceu o movimento de apagão de times de ti.
Continue lendo para entender do que se trata esse movimento e como ele pode prejudicar – e muito – o desenvolvimento de empresas que buscam a expansão de seus negócios.
O que significa o termo “apagão de times de ti”?
Não é de hoje que se tornou crônica a escassez de profissionais de TI no mercado. Este desafio, que aliás é global, acentuou-se ainda mais na pandemia. Estudo da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) revela que serão criados no Brasil ao menos 797 mil postos de trabalho nessa área até 2025.
No entanto, apenas 267 mil profissionais serão formados nesse período (veja mais sobre o tema na seção Brasil: deficiências do sistema educacional). O déficit será de 530 mil vagas abertas sem contratação Daí o termo “apagão de times de ti”
Além de tudo, os trabalhadores desse segmento são notoriamente exigentes. De acordo com levantamento, da SHRM (Society for Human Resource Management), 47% deles antecipam tendências no ambiente de trabalho em busca de condições melhores – o trabalho remoto é um exemplo do protagonismo do setor. Por sinal, muitas empresas que tentaram voltar ao escritório tiveram de rever seus planos em função da pressão social puxada por profissionais da área de TI.
Consequência do apagão de times de ti
Dificuldade na hora de de inovar
E o que essa rotatividade dos funcionários de TI significa? Gastos financeiros por que terá de sempre reiniciar um novo ciclo de contratações? Perda de produtividade até que o novato na função tome à frente? Mais do que isso, o apagão de times de ti, afeta diretamente a capacidade de inovar e explorar ferramentas que poderiam lhes dar vantagem competitiva. Um levantamento da Gartner revela que 64% dos líderes de TI veem a falta de talentos como uma grande barreira para a adoção de tecnologias emergentes.
O que está em jogo é a capacidade das organizações de se reinventarem. E aqui não estamos apenas falando da adoção de novas ferramentas digitais pura e simplesmente, mas sim da adoção de mindset resetado para o mundo pós-covid. Mas, como todos sabem, largar as amarras com o passado não é algo fácil. Os dados de saídas/desligamentos dos trabalhadores, em especial colaboradores tech, revela exatamente isso. Não são todas as organizações que conseguem redefinir sua cultura organizacional rapidamente.
Falta de vantagem competitiva
Uma pesquisa da TalentLMS e Workable, conduzida nos EUA em 2021, revela que 72% dos profissionais de tecnologia estavam pensando em deixar seus atuais empregos. Embora a contratação de talentos de tecnologia seja competitiva há muito tempo, a mesma pesquisa “Retenção de funcionários de tecnologia na era da Grande Renuncia” sugeriu que os profissionais de TI não estão simplesmente procurando salários mais altos ou melhores benefícios.
O que eles querem? Simples: reconhecimento, ambiente de trabalho colaborativo e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Mas o mercado não vem praticando isso, segundo o estudo.
O que pode evitar esse movimento?
Nesse contexto de ebulição social do ambiente de trabalho, de novas profissões surgindo com a demanda das tecnologias emergentes, a liderança das organizações precisa ficar atentas às tendências do Futuro do Trabalho no pós-pandemia.
Separamos, a seguir, algumas dessas inclinações no mercado de trabalho; parte delas representa uma aceleração das mudanças já existentes; outras são novas repercussões não discutidas anteriormente que impactam sobremaneira os negócios. Sendo elas:
- Aumento do trabalho remoto
- Coleta de dados remota
- Empresas com parceria de bem-estar social
- Mobilidade de carreira
- Humanizar a experiência do colaborador
- Acelerar o mindset para dados
- Aumentar a complexidade da organização
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