DevOps é uma palavra que vem sendo usada com certa frequência no mercado tech. O termo vem da junção de dois verbetes: desenvolvimento e operações, mas como veremos mais adiante adotar práticas DevOps transcendem essas duas áreas.
E o que diferencia a metodologia DevOps das demais? Ela une práticas e projetos que antes funcionavam de forma isolada. Com isso, há mais assertividade e velocidade na entrega de produtos e serviços.
Por isso, alguns especialistas tech, asseguram que toda empresa deve considerar os modelos DevOps que visam garantir alguns aspectos de negócio: integração, feedback, velocidade e comunicação entre equipes.
Mas antes de entrar de cabeça na cultura DevOps, as organizações precisam saber se estão preparadas para assumir essa metodologia. Tomar decisões erradas na cultura corporativa pode ser desastroso para todos os stakeholders. Por isso, acompanhe esse nosso artigo e certifique-se que sua empresa está preparada para mergulhar no mundo DevOps!
Qual é a filosofia Devops?
Vamos antes entender qual é a filosofia que define as práticas DevOps. Comunicação entre os membros da equipe, resolução rápida de problemas e eficiência e velocidade durante o desenvolvimento.
Você deve estar se perguntando: mas basicamente essas também não são os pilares de metodologias ágeis? Sim, você está certíssimo. Agile e a cultura DevOps têm tudo a ver com eficiência e velocidade durante o desenvolvimento. Contudo, há uma grande diferença entre as duas práticas.
A Agile abre espaço para o início de um trabalho mais ágil, com entregas parciais, enquanto a DevOps cria um ambiente propício para a gestão desses processos, com comunicação efetiva.
O modelo DevOps se concentra em aglutinar várias culturas, filosofias, ferramentas e práticas de mercado que elevam a eficiência de uma organização para fornecer serviços ou produtos de qualidade que satisfaçam todos os critérios do cliente.
Mas não são só os clientes que ganham com isso. As equipes também. Quer ver só? Uma das coisas mais chatas que os desenvolvedores relatam é a detecção de erros e falhas em sistemas. Essas investigações podem ser rápidas ou levar dias para entender o problema.
Todavia, se você tem uma cultura DevOps rodando no seu negócio, a tendência é detectar rapidamente esses bugs e que eles não voltem a ocorrer novamente. Menos bugs significa que os desenvolvedores gastam menos tempo pesquisando e depurando problemas e fazendo o que eles mais gostam: códigos. É um ganha, ganha!
Por que adotar um modelo DevOps?
Se sua empresa está pensando em adotar um modelo DevOps, existem muitas vantagens, vamos a elas:
No relatório “State of DevOps”, 20% das organizações que incluíram Agile e DevOps em seu ciclo de vida de desenvolvimento tiveram alto desempenho, onde o teste para implantação de produção levou apenas algumas horas.
Além disso, cita o estudo, para organizações com atualizações constantes de software, o DevOps pode economizar tempo e dinheiro devido à entrega mais rápida, menos bugs e melhores verificações de vulnerabilidade (sim, preocupações com a segurança é uma constante na filosofia DevOps)
Alguns outros benefícios do DevOps:
- Suporte de operações aprimorado para desenvolvimento, portanto, menos bugs de configuração ou infraestrutura são introduzidos durante o teste e a promoção;
- Melhor comunicação entre desenvolvimento e operações, para que todo o ciclo de vida do desenvolvimento funcione de maneira mais integrada, com menos divergências entre as duas equipes;
- Maior confiabilidade e escalabilidade à medida que ambas as equipes determinam os procedimentos de DevOps, incluindo personalizações para metodologias ágeis;
- O treinamento de habilidades cruzadas oferece às operações mais educação sobre desenvolvimento e os desenvolvedores recebem habilidades em gerenciamento de rede e servidor;
- Correções de bugs mais rápidas para tempo de inatividade crítico devido à colaboração entre ambas as equipes;
- Maior satisfação do cliente e atualizações mais frequentes significam que novos recursos são adicionados mais rapidamente;
- Melhor qualidade geral do produto para aplicações internas e externas.
Modelo e práticas de DevOps
A adoção bem-sucedida da prática de DevOps envolve uma mudança de mentalidade, cultura e processos. O foco na mudança de cultura em toda a organização é crucial.
Na verdade, a falta de mudança de cultura é a principal razão pela qual as iniciativas de DevOps falham. DevOps é uma nova forma de abraçar a tecnologia e requer uma avaliação crítica das ferramentas tradicionais, pratica filosofias. Esse nível de comprometimento com a mudança requer uma forte visão compartilhada pelas lideranças da organização.
Tornar-se uma organização DevOps não acontece do dia para a noite. Na verdade, mudar para o DevOps costuma ser descrito como uma jornada que toda a organização deve percorrer em conjunto. Uma boa maneira de começar é determinar as práticas corretas de DevOps a serem incluídas.
Algumas características de uma organização DevOps bem-sucedida incluem:
- Colaboração e propriedade autônoma da metodologia DevOps entre as equipes;
- Aceitação da liderança que inclui treinamento, ferramentas, bem como um compromisso com as práticas de DevOps em toda a organização;
- O desenvolvimento de fortes canais de infraestrutura e comunicação para impulsionar a cooperação e a colaboração;
- Estabelecer uma forte cultura e ambiente colaborativo que inclua a quebra de estruturas feudais (áreas que não se conversam).
- Apoiar e implementar uma mudança de mentalidade que incorpore o conceito de “medo de falhar” ou a ideia de que as equipes precisam aprender com as falhas em vez de temê-las;
- Mude a estrutura de aprovação da organização para uma mais bem definida e que incorpore automação;
- Planejamento que inclui um plano de resposta/problema e reversão, se necessário;
- Automação de processos em todo o ciclo de vida de entrega de software, incluindo desenvolvimento, teste, configuração e implantação.
Algumas práticas-chave que são seguidas por um modelo DevOps ajudam as organizações a inovar suas ideias e produtos de forma mais célere.
Uma das condutas mais fundamentais, por exemplo, é realizar atualizações menores, que são incrementais, o que é preferível às atualizações drásticas que geralmente são realizadas sob práticas tradicionais e mais aleatórias. Atualizações pequenas e frequentes são menos arriscadas, fornecem identificação rápida de erros de implantação e são mais fáceis de verificar e corrigir bugs.
Além disso, as organizações podem usar a arquitetura de microsserviços para tornar os aplicativos mais flexíveis e mais capazes de permitir inovações de forma mais rápida. Essa arquitetura separa aplicativos maiores e sistemas complexos em projetos simples e independentes.
Os aplicativos são divididos em funções ou serviços mais simples separadamente e cada serviço é definido em uma única tarefa ou função que pode operar como um serviço individual, mas se encaixa perfeitamente em todo o sistema. A arquitetura pode reduzir a coordenação da atualização e cada serviço é emparelhado com equipes pequenas e flexíveis que assumem a responsabilidade por determinados serviços. Isso permite que a organização se mova muito mais rapidamente e otimize seus serviços.
A combinação desses micros servidores e um aumento na frequência de taxa de liberação leva a implementações significativas, que apresentarão mudanças operacionais. É por isso que este modelo possui práticas como integração e entrega contínuas para resolver os problemas e permitir que a organização entregue de forma confiável e continue entregando produtos de qualidade.
A seguir estão as práticas de DevOps mais usadas e populares:
- Integração contínua;
- Entrega Contínua;
- Microsserviços;
- Infraestrutura como código;
- Monitoramento e registro;
- Comunicação e Colaboração.
Com a ajuda dessas práticas, as organizações podem fornecer atualizações e serviços mais rápidos e confiáveis para seus clientes.
Ferramentas de DevOps no mercado
DevOps é uma prática, não uma ferramenta, mas são necessários equipamentos para implementá-la. Derrubar barreiras de comunicação e criar visibilidade e confiança em todas as equipes envolvidas no fornecimento de software e tecnologia é um desafio. As ferramentas certas tornam a automação e as integrações necessárias entre as equipes funcionais perfeitas, abertas e escaláveis.
A seguir, equipe da Maitha Tech separou algumas possíveis ferramentas que podem ajudar a transmitir a cultura DevOps no seu negócio.
Katalon TestOps
O Katalon TestOps é uma plataforma de orquestração para testes automatizados que une gerenciamento de teste, planejamento, execução e análise de qualidade. O TestOps conecta a equipe com ciclos de feedback que são instantâneos, acionáveis e perspicazes para as equipes de QA, produto e DevOps.
Kubernetes
O Kubernetes é um sistema de código aberto para automatizar a implantação, dimensionamento e gerenciamento de aplicativos em contêineres. Ele agenda cargas de trabalho em nós de cluster de computação e os gerencia ativamente para garantir que seu estado corresponda às intenções dos usuários.
Jira
Jira é uma plataforma conhecida para rastrear problemas e gerenciar projetos. O Jira está disponível como uma solução SaaS ou como uma solução local.
Docker
A tecnologia Docker permite que as equipes de DevOps criem, enviem e operem aplicativos distribuídos baseados em contêineres. Essa plataforma concede que as empresas desenvolvam aplicativos, troquem imagens de contêineres e colaborem com os usuários, permitindo que eles criem programas a partir de componentes.
Jenkins
Jenkins é uma ferramenta DevOps para monitorar a execução de tarefas repetitivas. É uma das melhores ferramentas para implantação de software devido às centenas de plugins disponíveis para auxiliar na criação, entrega e automatização de qualquer projeto.
Git
O Git é um sistema de controle de versão distribuído gratuito e de código aberto projetado para lidar com tudo, desde projetos pequenos a projetos de grande porte com velocidade e eficiência.
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