A dinâmica do CIO/CTO: navegando na implementação da IA

A Inteligência Artificial está redefinindo o futuro corporativo, mas sua integração exige mais do que entusiasmo tecnológico, requer estratégia, colaboração e uma ponte entre visão e execução. 

De acordo com a consultoria McKinsey, 55% das empresas já adotaram IA em 2023, com a GenAI liderando essa revolução. Porém, os obstáculos são complexos e vão desde infraestrutura inadequada até dilemas éticos e cultura organizacional resistente. 

Nesse contexto, a relação entre CIOs/CTOs e stakeholders emerge não apenas como uma parceria, mas como uma aliança vital para transformar potencial em resultados. É exatamente isso que vamos abordar aqui neste artigo. Continue aqui para entender mais sobre esse contexto. 

A dinâmica de CIO/CTOs e stakeholders: uma parceria estratégica

A IAoferece melhores resultados quando líderes de negócios e técnicos compartilham um mesmo norte. Enquanto CEOs concentram-se em oportunidades de mercado e escalabilidade, CIOs/CTOs convertem essas ambições em arquiteturas tecnológicas viáveis. Não se trata de uma divisão de tarefas, mas de uma simbiose. 

Um estudo publicado na Harvard Business Review mostrou que empresas com alinhamento CEO-CIO têm 2,5 vezes mais chances de superar metas de transformação digital. O papel desses dois profissionais, hoje, vai muito além da gestão de TI. Eles são catalisadores de inovação. 

Nessa evolução rápida e constante no mercado exige que as lideranças de tecnologiadominem dois idiomas: o da tecnologia e o dos negócios. Ou seja, é mais ou menos saber que não basta entender algoritmos que trabalham ou funcionam, agora é preciso saber como eles geram valor para o cliente. 

Desafios na implementação da IA 

A IA depende de dados de qualidade e infraestrutura escalável. Muitas empresas, porém, subestimam esse requisito. Um levantamento da Gartner apontou que 60% dos projetos de GenAI fracassam por falta de preparo técnico. Sem uma base sólida em cloud computing e governança de dados, iniciativas promissoras podem naufragar.  Mais além disso existem outras barreiras tais como: 

Ética e governança: o dilema da confiança  

Vazamentos de dados, vieses algorítmicos e falta de transparência são riscos reais. Em 2018, a Amazon abandonou um sistema de contratação que discriminava candidatas mulheres, um alerta importante sobre os perigos da IA não supervisionada.

Cultura organizacional: vencer o medo da mudança

A resistência humana é tão crítica quanto os desafios técnicos. Funcionários temem substituição, enquanto gestores relutam em abrir mão de processos tradicionais. Ninguém quer perder seu emprego para um grupo de algoritmos. Segundo a Deloitte, 40% dos colaboradores veem a IA como ameaça. A solução? Combater desinformação com treinamento e incluir equipes na construção da estratégia.  

Estratégias para uma implementação bem-sucedida

Para implementar a IA de forma bem-sucedida, esses profissionais devem estar atentos a alguns pontos:

Visão compartilhada: do boardroom à sala de servidores

Metas claras e diálogo contínuo são fundamentais. O segredo, aqui, é criar uma narrativa unificada que engaje todos os níveis hierárquicos.  

Capacitação como motor da transformação

Investir em pessoas é tão crucial quanto investir em tecnologia. Dados do LinkedIn destacam que 94% dos profissionais permaneceriam em empresas que apostam em seu desenvolvimento. 

Métricas que refletem impacto real 

Além do ROI tradicional, métricas como taxa de adoção interna, satisfação do cliente e redução de tempo em processos são essenciais.

Benefícios da colaboração CIO/CTO e stakeholders na era da AI

Quer saber quais vantagens ou benefícios a colaboração entre esses dois atores corporativos gera no contexto de IA? Vamos a eles:

  • inovação em velocidade exponencial: por exemplo, a IA embutida em um software pode  permitir que designers criem protótipos em minutos — um processo que antes levava horas; 
  • eficiência que gera resultados: a automação com o uso da IA pode gerar grande economia de tempo e evitar retrabalho;
  • competitividade reimaginada: empresas líderes em IA superam concorrentes em margens de lucro em até 11%, de acordo com estudo da PwC .  

O futuro da AI e a evolução da dinâmica stakeholders e CIO/CTOs

À medida que a AI avança, tendências como IA multimodal (integração de texto, imagem e voz) e modelos de auto aprendizado redesenharão indústrias. O Fórum Econômico Mundial, por exemplo, estima que, até o fim deste ano, metade das tarefas corporativas envolverão IA. Imagine daqui para a frente. Para navegar esse cenário, CEOs e CIOs precisarão:  

  • adotar governança ágil: isto é, adaptar-se a regulamentações em fluxo, como as diretrizes da UE sobre IA;
  •  fomentar ecossistemas abertos: parcerias com startups e academia aceleram inovação.  
  • priorizar sustentabilidade: reduzir o consumo energético de modelos de IA, hoje comparável ao de pequenas cidades. Afinal, a agenda ESG ainda se mantém.

A GenAI não é uma jornada solitária para departamentos de TI, mas uma sinfonia que exige regência conjunta de CEOs e CIOs/CTOs. A IA não vai substituir as pessoas, mas sim as organizações que a usam substituirão as que não o fazem. 
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