FinOps: Maturity Model

No mundo digital acelerado de hoje, otimizar os custos e a eficiência dos recursos de tecnologia é essencial para o sucesso dos negócios. É aqui que entra o FinOps, ou Financial Operations, uma prática que visa aprimorar a gestão financeira de recursos de tecnologia. No entanto, implementar com sucesso o FinOps requer uma abordagem estratégica e evolutiva. É aqui que o FinOps Maturity Model desempenha um papel crucial. Como? 

Descubra a seguir todos os detalhes do FinOps Maturity Model e saiba em que estágio de maturidade em termos de FinOps sua empresa está e como ela pode melhorar. 

O que é e como funciona o modelo Maturity Model?

O modelo de maturidade, ou Maturity Model é uma estrutura que ajuda as organizações a avaliar e melhorar seu processo de otimização de custos e eficiência financeira em relação às operações de tecnologia da informação na nuvem. Ele é projetado para auxiliar as empresas a entenderem em que estágio de maturidade estão em relação à gestão financeira de seus recursos de TI na nuvem e como podem progredir para estágios mais avançados.

O Maturity Model ajuda a empresa a aprender e a melhorar suas práticas de FinOps, começando pelo básico e avançando para o complexo, mostrando o que é preciso fazer em cada etapa, os benefícios e os desafios de cada uma e como medir o progresso. Ele também te ajuda a priorizar as áreas que são mais importantes para o seu negócio e que geram mais valor para a sua organização.

O Maturity Model possui três níveis: Crawl, Walk e Run. Cada um representa um grau de maturidade financeira na nuvem e tem várias capacidades ou domínios, que são as áreas que precisam ser trabalhar para otimizar os gastos com a nuvem.

  • Crawl (engatinhar): neste estágio inicial, as organizações estão apenas começando. Elas estão dando os primeiros passos na direção da melhoria da gestão financeira de suas operações de TI na nuvem. Isso pode envolver a coleta de dados financeiros básicos, como informações sobre custos de recursos de TI na nuvem. As políticas e processos podem ser incipientes ou quase inexistentes. As equipes podem estar se familiarizando com as práticas de FinOps.
  • Walk (caminhar): neste estágio intermediário, as organizações estão mais confiantes em suas capacidades de FinOps. Elas começam a expandir suas práticas, implementando políticas mais sólidas e estabelecendo processos mais formais. As equipes podem ser mais bem treinadas e podem estar usando ferramentas mais avançadas para monitorar e otimizar os custos na nuvem. Nesse ponto, a organização está caminhando em direção à maturidade, mas ainda não atingiu todo o seu potencial.
  • Run (correr): aqui, as organizações atingem um nível avançado de maturidade em FinOps. Elas operam de maneira eficiente e altamente otimizada em termos de custos na nuvem. Isso envolve a automação de processos, a implementação de políticas sofisticadas, a utilização de análises avançadas e a integração contínua das melhores práticas de FinOps em toda a organização. A gestão financeira de TI na nuvem se torna uma parte essencial do funcionamento da empresa.

Alguns objetivos do Maturity Model

O objetivo do Maturity Model em FinOps é ajudar as empresas a entenderem onde estão em termos de maturidade financeira na nuvem e identificar áreas de melhoria. Isso pode envolver a implementação de ferramentas mais avançadas, a criação de políticas mais rigorosas, o desenvolvimento de habilidades de equipe ou a automação de processos. Além disso, esse modelo:

  • pode ser usado como um guia para ajudar as organizações a definirem metas e objetivos para melhorar suas práticas de FinOps ao longo do tempo;
  • fornece um roteiro para as organizações avançarem de um nível para outro, considerando os benefícios, os riscos e os desafios de cada capacidade ou domínio;
  • ajuda as organizações a priorizarem as capacidades ou domínios que têm maior impacto no valor do negócio, na satisfação dos clientes, na eficiência operacional e na inovação.

O objetivo do Maturity Model não é simplesmente alcançar o nível Run em todas as capacidades ou domínios, mas sim priorizar as áreas que proporcionam o maior valor para a sua organização. O Maturity Model também é iterativo e evolutivo, ou seja, você pode revisar e ajustar suas práticas de FinOps conforme as mudanças no ambiente de nuvem e no mercado.

Vantagens da abordagem Crawl, Walk, Run

A abordagem Crawl, Walk, Run reconhece que as organizações podem começar com um nível básico de maturidade em FinOps e, em seguida, evoluir gradualmente à medida que adquirem experiência, conhecimento e recursos. Isso permite que as empresas cresçam de forma sustentável, à medida que o valor do negócio e a necessidade de uma gestão financeira eficaz dos recursos de TI na nuvem justificam o investimento em práticas cada vez mais maduras.

É importante notar que a velocidade com que uma organização progride por esses estágios pode variar dependendo de seus recursos, cultura organizacional e objetivos estratégicos. A chave é sempre alinhar as práticas de FinOps com as metas e necessidades específicas da organização à medida que ela avança em direção à maturidade.

Além disso, essa abordagem ajuda as empresas a tomar medidas rápidas em pequena escala e com escopo limitado. Isso é benéfico por vários motivos:

  • Começar pequeno permite que as equipes de FinOps avaliem os resultados de suas ações de maneira mais controlada. Isso permite que a organização entenda como as práticas estão funcionando e quais ajustes podem ser necessários;
  • Começar com escopo limitado ajuda a minimizar os riscos associados a grandes mudanças. Isso é particularmente importante em ambientes complexos de TI, nos quais as mudanças podem ter impactos imprevistos;
  • À medida que a organização progride gradualmente, as equipes de FinOps adquirem conhecimento e experiência de maneira incremental. Isso permite que eles aprendam com os desafios e os sucessos ao longo do caminho;
  • Começar pequeno também permite que a organização ajuste suas práticas de acordo com as necessidades específicas à medida que as descobre. Isso evita investimentos excessivos em áreas que podem não ser tão críticas para o negócio.

Priorização em FinOps Maturity

A priorização em FinOps Maturity é o processo de determinar quais áreas ou aspectos da gestão financeira de operações de TI (FinOps) devem ser priorizados para melhorias com base no estágio atual de maturidade da organização. É uma etapa crítica na implementação e evolução das práticas de FinOps, pois ajuda a direcionar recursos e esforços para as áreas que têm o maior impacto no valor financeiro e nos objetivos do negócio.

A priorização em FinOps Maturity envolve vários passos:

Avaliação de maturidade 

A priorização em FinOps Maturity ajuda as organizações a alocarem recursos de forma eficaz, concentrando-se nas áreas que têm o maior impacto na redução de custos, na otimização de recursos e no alcance dos objetivos financeiros e operacionais. Isso também ajuda a evitar a dispersão de esforços em muitas áreas ao mesmo tempo, o que pode ser menos eficiente.

Identificação de lacunas

Com base na avaliação de maturidade, a organização identifica as áreas em que existe uma lacuna entre o estado atual e o estado desejado.

Avaliação de impacto

Para priorizar efetivamente, a organização avalia o impacto potencial de melhorar cada área identificada.

Análise de custo-benefício

A organização também considera os recursos necessários para fazer as melhorias em cada área. Isso inclui custos financeiros, recursos humanos e tecnológicos. 

Definição de prioridades

Com base na avaliação de impacto e na análise de custo-benefício, a organização define prioridades claras.

Plano de ação

Uma vez que as prioridades são definidas, a organização elabora um plano de ação detalhado para implementar melhorias em cada área priorizada. 

Monitoramento e ajustes

À medida que as melhorias são implementadas, a organização monitora de perto os resultados e faz ajustes conforme necessário. 

Ciclo do FinOps Maturity Model

O Ciclo do FinOps Maturity Model é um processo iterativo que ajuda as organizações a otimizar seus gastos com a nuvem, alinhando suas estratégias financeiras e tecnológicas. Ele consiste em três fases: Informar, Otimizar e Operar. Cada fase tem objetivos e atividades específicos:

Informar (Inform)

Nesta fase inicial, a organização coleta dados sobre seus gastos e recursos de TI na nuvem. Os dados coletados são analisados para entender como os custos estão sendo distribuídos entre diferentes áreas, equipes ou projetos. Isso ajuda a identificar áreas de alto consumo e possíveis áreas de otimização.

Com base na análise de custos, a organização pode começar a estabelecer políticas básicas para controlar os gastos na nuvem. Isso pode envolver a definição de orçamentos, limites de gastos ou alocação de custos para diferentes departamentos.

A fase Informar também inclui a conscientização e a educação das equipes sobre as práticas de FinOps e a importância da gestão financeira na nuvem. Isso ajuda a criar uma cultura de responsabilidade financeira.

Otimizar (Optimize)

A fase Otimizar é um processo iterativo, no qual a organização busca continuamente maneiras de otimizar e reduzir custos na nuvem. Com base nas informações coletadas e nas políticas estabelecidas, a organização identifica oportunidades de otimização de custos.

Nesta fase, as melhorias identificadas são implementadas. Isso pode envolver a automação de processos, a escolha de opções de preços mais vantajosas ou a migração de cargas de trabalho para locais mais eficientes em termos de custos. As ações de otimização são acompanhadas de perto, e os resultados são medidos.

Operar (Operate)

Aqui, a organização busca automatizar ainda mais seus processos de FinOps e implementar governança rigorosa. Isso ajuda a manter o controle sobre os gastos e a garantir o cumprimento das políticas. Ela começa a usar análises avançadas para prever tendências de gastos, identificar anomalias e tomar decisões mais informadas sobre a gestão financeira de TI. Ainda nesta fase, a gestão financeira de TI na nuvem é integrada aos fluxos de trabalho operacionais da organização. Isso garante que as práticas de FinOps estejam alinhadas com as operações de TI em toda a empresa.

A fase Operar envolve um monitoramento contínuo dos custos na nuvem e a adaptação rápida às mudanças nas necessidades e nos objetivos do negócio.

Essas três fases do Ciclo do FinOps Maturity Model são interconectadas e representam um processo contínuo de aprimoramento da gestão financeira de operações de TI na nuvem. À medida que a organização evolui em direção à maturidade em FinOps, ela progride por essas fases repetidamente, ajustando suas práticas e estratégias para atender às necessidades em constante mudança.

O FinOps Maturity Model é mais do que apenas uma estrutura; é um guia para organizações que buscam aprimorar sua gestão financeira de tecnologia de forma contínua. Ao abraçar esse modelo e suas iterações, as empresas podem navegar com sucesso no complexo cenário de custos digitais e conduzir suas operações em direção a níveis cada vez mais altos de eficiência e eficácia financeira.